quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Tesouro americano já usou quase metade dos US$ 700 bi de plano de resgate

Washington, 8 jan (EFE).- O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos informou hoje que usou quase US$ 267 bilhões do fundo de resgate financeiro de US$ 700 bilhões autorizado pelo Congresso no ano passado.

Desse total, destinou US$ 177,54 bilhões a compras de ações de 215 instituições financeiras.

Além disso, prometeu US$ 19,4 milhões em empréstimos às gigantes automobilísticas General Motors (GM) e Chrysler.

Os desembolsos são completados com ajudas no valor de US$ 45 bilhões ao banco Citigroup e outros programas para estabilizar o setor financeiro.

No total, o Tesouro gastou US$ 65,4 bilhões desde seu relatório anterior, emitido em 2 de dezembro.

O Governo é obrigado a detalhar periodicamente ao Congresso o uso do dinheiro do fundo de resgate financeiro.

Os congressistas liberaram US$ 350 bilhões à Administração, e, para ter acesso aos outros US$ 350 bilhões, o Governo deverá pedir novamente a autorização dos parlamentares, que revisarão, então, a eficácia dos programas.

Na quarta-feira, o secretário do Tesouro, Henry Paulson, disse que deixou a decisão sobre se solicita ou não a outra metade dos fundos ao presidente eleito, Barack Obama.

Em todo caso, em sua declaração, o Tesouro disse crer que o resto dos fundos será necessário para ajudar a estabilidade do sistema financeiro.

Apesar de, até agora, terem sido desembolsados US$ 266,9 bilhões, o Governo, na realidade, já comprometeu integralmente os US$ 350 bilhões, cuja liberação depende agora da finalização dos trâmites necessários, segundo o relatório.

O Tesouro ressaltou que o uso dos fundos "está funcionando", pois evitou falências bancárias e estabilizou o sistema financeiro.

O departamento admitiu que, apesar das injeções de capital, os bancos seguem "cautelosos" na hora de ampliar o crédito, enquanto as empresas e os consumidores também pensam duas vezes antes de contrair dívidas.

No documento, também justificou suas ajudas à Chrysler, General Motors e GMAC, a financeira da GM, as quais, em sua opinião, evitaram "um transtorno significativo da economia".

A falência das duas companhias automobilísticas teria afundado o setor inteiro e prejudicado os bancos que possuem seus bônus.

Do mesmo modo, a perda de confiança no Citigroup, um banco com 200 milhões de clientes no mundo, teria sido um golpe para todo o setor financeiro, o que tornou necessária a intervenção pública, afirmou o Tesouro.

Fonte.: UOL Economia

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