sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Banco do Brasil terá R$ 30 bi a mais para crédito em 2009

O Banco do Brasil vai acumular em 2009 volume de crédito ao consumidor de R$ 230 bilhões, contra R$ 200 bilhões empregados no ano passado, de acordo com o presidente da instituição, Antonio Francisco de Lima Neto.

Ele disse que o portfólio do BB vai ficar agora mais equilibrado com a compra de metade do Banco Votorantim, anunciada nesta sexta-feira no Ministério da Fazenda. Lima destacou que a operação será relevante para o fortalecimento do crédito ao consumidor, em que o Votorantim já é destaque em diversos pontos do país. Além disso, ele ressaltou que não vão acontecer demissões em consequência da compra de parte do banco paulista.

O presidente do Conselho de Administração do Grupo Votorantim, Wilson Masao, afirmou que o negócio com o Banco do Brasil tornará as duas instituições o primeiro lugar no crédito para financiamento de veículos, que hoje tem o Votorantim com 12% do mercado e o BB com 4%.

Ele lembrou que o banco Votorantim tem uma gestão em financiamentos com 18 mil revendas de veículos, 8,6 mil lojas de material de construção, manutenção de 2,3 mil convênios privados e 400 com o setor público. Além disso, o Votorantim tem atualmente 4,1 mil agências e 15 mil pontos de atendimento em 3,2 mil cidades, segundo o presidente do conselho.


Fonte:UOL, FOLHA ONLINE

Exportações do agronegócio fecham 2008 com recorde de US$71,9 bi

SÃO PAULO (Reuters) - As exportações do agronegócio do Brasil totalizaram recorde de 71,9 bilhões de dólares em 2008, alta de 23 por cento em relação ao ano anterior, informou o Ministério da Agricultura nesta sexta-feira.

De acordo com o ministério, o superávit da balança comercial do setor também registrou recorde, de 60 bilhões de dólares, e a participação do agronegócio nas exportações totais brasileiras foi de 36,3 por cento.

"O bom desempenho das exportações em 2008 foi resultado do aumento da receita com a venda dos principais produtos da balança comercial do agronegócio", disse o ministério em comunicado.

O complexo soja (óleo, farelo e grão) registrou crescimento de 58 por cento; o setor de carnes teve alta de 29 por cento; e o de café subiu 22 por cento. Já o setor sucroalcooleiro avançou 18 por cento.

O complexo soja continua na liderança das vendas, com 18 bilhões de dólares, e em segundo lugar permaneceram as carnes, com 14,5 bilhões.

O Ministério da Agricultura destacou o incremento de 80 por cento no valor das exportações de produtos lácteos, que saltou de 299 milhões de dólares em 2007 para 541 milhões no ano passado, beneficiadas pelo aumento dos preços no mercado internacional.

CHINA

A China saiu da terceira posição e passou a ocupar a primeira no ranking dos mercados compradores de produtos do agronegócio brasileiro devido ao forte crescimento das exportações a esse país (70 por cento), absorvendo 11 por cento dos embarques. Em segundo lugar estão os Países Baixos (9 por cento), seguidos dos Estados Unidos (8,7 por cento).

Segundo o ministério, as vendas externas apresentaram índices positivos de crescimento para todos os blocos econômicos de destino das exportações, com exceção do Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte).

Para a União Européia as exportações aumentaram 13,8 por cento; para o Mercosul, 21 por cento; Oriente Médio, 8,5 por cento; Europa Oriental, 28 por cento; e África, 27 por cento.

IMPORTAÇÕES

Em 2008 o Brasil importou em produtos do agronegócio 35,6 por cento a mais do que em 2007, ultrapassando pela primeira vez os 10 bilhões de dólares ao totalizar 11,8 bilhões.

O produto com maior valor importado foi o trigo, com 1,9 bilhão de dólares, valor 34,6 por cento acima de 2007. Essa alta deve-se ao preço elevado do trigo no mercado já que a quantidade importada foi 9 por cento menor.

(Por Camila Moreira)

Fonte.: UOL

AmBev e Itaú Unibanco entre as 20 ações preferidas pelo Citi no mundo em 2009

SÃO PAULO - AmBev (AMBV4) e a holding resultante da fusão entre Itaú (ITAU4) e Unibanco (UBBR11) estão entre os 20 companhias preferidos pela equipe do Citi em todo o mundo para investimento em ações durante o ano de 2009, que deverá ser marcado por um recessão global sincronizada.

De acordo com o analista Robert Buckland, o ano de 2009 será caracterizado pela "batalha entre fundamentos extremos e valuations baratas". Sem esperar por um vencedor neste embate, a expectativa é que a trajetória dos mercados durante o ano apresente grande volatilidade.

Todas as economias globais devem sofrer simultaneamente em 2009, com expectativa de tendências deflacionárias para os países desenvolvidos e redução abrupta do crescimento nos emergentes.

Oportunidade

"Acreditamos que as ações globais estão baratas em termos absolutos, e muito baratas contra ativos livres de risco", ressalta Buckland. Isto deverá proteger os índices acionários contra o fluxo negativo de notícias futuro.

Ainda assim, os setores defensivos mantêm-se na preferência dos analistas, o que explica em parte a opção pelas companhias brasileiras dos setores bancário e de bebidas.

Além de Itaú Unibanco e AmBev, a lista de preferências globais do Citi contém AstraZeneca, Bank Of America, Bharti Airtel, BHP Billiton, FirstEnergy Corp, Gazprom, Hutchison Whampoa, Intel, Merck AG, Mitsui OSK Lines, Nestle, Nike, Orascom Telecom, Seven & I Holdings, Sonic Healthcare, Vivendi, Vodafone e Zurich.

Fonte.: UOL Economia

Bovespa opera em baixa com alta do IPCA e compra do Votorantim pelo Banco do Brasil; dólar cai

O principal índice da Bovespa opera em baixa na manhã desta sexta-feira. Por volta das 11h, o Ibovespa caía 0,82%, aos 41.647,18 pontos (acompanhe gráfico do Ibovespa com atualização constante).

O dólar comercial operava em queda de 1,09%, cotado a R$2,277 (veja quadro com a cotação do dólar atualizada).

Na quinta-feira, a Bovespa fechou em alta de 2,87%, na máxima do dia.

O Banco do Brasil anunciou hoje a compra de 50% do capital social do Banco Votorantim. O negócio foi fechado em R$ 4,2 bilhões e faz o banco federal se aproximar à liderança do Itaú/Unibanco no ranking dos maiores bancos brasileiros.

Também nesta sexta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o resultado do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2008. A inflação medida pelo instituto fechou o ano com alta de 5,9%, o maior índice desde 2004.

Fonte.: UOL Economia

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Brasil se torna o 5º maior mercado consumidor de veículos em 2008

SÃO PAULO, 8 de janeiro (Reuters) - O Brasil ganhou três posições no ranking dos maiores mercados consumidores de automóveis do mundo e subiu um degrau entre os maiores produtores em 2008, apontam dados preliminares divulgados nesta quinta-feira pela associação de montadoras instaladas no país, Anfavea.

O Brasil encerrou 2008 como quinto maior mercado consumidor do mundo, ficando atrás de Estados Unidos, China, Japão e Alemanha, ultrapassando Grã-Bretanha, França e Itália.

No ranking de maiores fabricantes, o Brasil ficou em sexto lugar, superando a França e tendo a sua frente Japão, China, Estados Unidos, Alemanha e Coréia do Sul.

"Parte disso (ganho de posições) deve-se ao fato de que muitos importantes mercados caíram muito no fim do ano", disse Jackson Schneider, presidente da Anfavea, referindo-se ao impacto da crise financeira mundial na indústria.

Os dados são preliminares porque muitos países ainda não divulgaram números fechados do ano passado, informou. O cálculo da Anfavea foi feito com base em estimativas.

Nesta quinta-feira, a Anfavea divulgou que a indústria brasileira teve uma alta de 14,5% nas vendas de veículos novos, para 2,82 milhões de unidades. Enquanto isso, a produção cresceu 8%, para 3,214 milhões de veículos.

Apesar do desempenho, o país não passou ileso pela crise econômica mundial. Por conta da súbita queda na demanda a partir de outubro, a produção de veículos em dezembro despencou 54,1% em relação ao volume fabricado no mesmo mês de 2007.

As vendas no mês passado cresceram, mas somente depois de grandes promoções no setor e corte de impostos concedido pelo governo.

(Reportagem de Vanessa Stelzer.; Edição de Alberto Alerigi Jr.)

Fonte.: UOL Economia

Brasil está 'bem colocado' para enfrentar crise, diz "Financial Times"

O Brasil está mais bem colocado para enfrentar a crise do no passado, diz reportagem na edição desta quinta-feira do jornal britânico, "Financial Times".

Segundo "FT", há um ano o Brasil parecia a muitos investidores "como um modelo de descolamento (decoupling)", explicando que o sistema financeiro do país "tinha pouco contato com a crise do subprime dos Estados Unidos ou investimento bancário no mundo desenvolvido".

As exportações de commodities, particularmente minério de ferro, "pareciam fortes em uma era em que os preços disparavam", a importância do consumo doméstico se fez sentir e o crescimento "continuou sólido devido à concessão crescente mas conservadora de empréstimos e de grupos bem dirigidos em setores como varejo e telecomunicações".

Neste começo de 2009, muitos dos fatores positivos potencialmente permanecem, embora o descolamento tenha se desfeito, diz o jornal.

No que diz respeito a commodities, por exemplo, o jornal diz que o preço do minério de ferro "pode aumentar no longo prazo", impulsionado pela demanda por parte de vários países que estão investindo em infra-estrutura para estimular suas economias.

Mas é pouco provável que isso aconteça num futuro próximo. Apesar disso, a economia brasileira "continua muito melhor posicionada para enfrentar a crise do que estaria no passado, como explicou André Loes, economista-chefe do HSBC Brasil, no congresso da World Federation of Investors Corporations em São Paulo".

Segundo o jornal, Loes disse: "No começo da década de 90, nós tínhamos uma economia muito fechada. Nós tínhamos uma balança de pagamentos fraca e hiperinflação. O Estado tinha indústrias que não deveria ter."

"No final dos anos 1990 e meados de 2000s, nós estabelecemos um regime de metas de inflação. Nós aprovamos uma lei de responsabilidade fiscal. O Estado só pode aumentar os gastos se subir os impostos", acrescentou.

Bancos
O artigo destaca ainda que "por lei, os bancos brasileiros estão entre os mais capitalizados do mundo".

"Incerteza financeira catalisou fusões e especulação de aquisições no setor bancário brasileiro, que começou com a fusão do Banco Itaú e o Unibanco no final do ano passado."

O jornal conclui o artigo com uma nota positiva. "Como Roberto Teixeira da Costa, ex-presidente do órgão regulador do mercado financeiro brasileiro CVM, disse quando o (banco americano) Lehman Brothers faliu em setembro:

"Nós estamos passando por uma crise de confiança.'" '(...) Nós não temos idéia de quando a confiança vai voltar. O comércio mundial será afetado. Os investidores serão afetados. A percepção de risco muda em momentos como este. Mesmo assim, quando a poeira baixar, o Brasil estará em boa posição", diz.

Fonte.: UOL Economia

Vale diz que suspendeu férias coletivas por motivo de leis trabalhistas

A Vale suspendeu as férias coletivas programadas para os 450 funcionários da mina de Fábrica Nova, em Minas Gerais, por falta de tempo hábil para atender itens previstos na legislação trabalhista brasileira, segundo informou a companhia nesta quinta-feira.

A empresa havia afirmado à agência de informações Reuters, na manhã desta quinta-feira, que a suspensão das férias coletivas havia sido motivada por uma "mudança de cenário na demanda". Mais tarde, a companhia corrigiu a informação.

Segundo a assessoria da empresa, as férias coletivas foram adiadas por tempo indeterminado, reduzindo para 5.050 o número de empregados parados nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, de forma escalonada.

No final do ano passado, a Vale anunciou que colocaria 5.500 empregados em férias coletivas e que havia demitido 1.300 no mundo inteiro.

Nesta quinta-feira, sindicatos ligados à Vale e demais atividades econômicas afetadas pelas demissões feitas pela empresa em Minas Gerais realizam manifestação na cidade de Itabira, onde, segundo o coordenador da Coordenação Nacional de Lutas, uma das organizadoras, José Maria de Almeida, a Vale representa 80% da economia local.

"A Vale não tem motivo para demitir, o próprio Roger (Agnelli, presidente da empresa) enche a boca para falar que tem US$ 15 bilhões em caixa, por que o trabalhador é que tem que pagar?", protestou.

Depois de manifestações pela manhã, que reuniram cerca de 200 pessoas em frente à mina da Conceição, Almeida disse esperar reunir entre 3.000 e 4.000 pessoas nas manifestações da tarde, que vão incluir sindicatos ligados a outras atividades, como empreiteiras.

"Em Itabira a Vale demitiu 76 empregados, mas as empreiteiras que servem a ela demitiram mil empregados, temos que fazer alguma coisa", explicou o sindicalista, que pretende se reunir com a empresa na próxima semana.

Ele disse que a Vale prometeu uma reunião na próxima semana para apresentar uma proposta aos sindicatos. As reivindicações dos trabalhadores são retorno dos demitidos, manutenção dos salários e dos empregos.

A Vale informou que vem se reunindo regularmente com os sindicatos. A assessoria da empresa disse que o número de demissões em Itabira foi de 62, e não de 76 pessoas como informou o sindicalista, e destacou que mesmo com as demissões o número de empregados da companhia na cidade passou de 2.823 em janeiro de 2008 para 3.125 em dezembro de 2008.

"Aumentamos em 279 o número de empregados, não podemos ser responsabilizados pelo ajuste de outras empresas", disse uma assessora à agência Reuters pelo telefone referindo-se às demissões das empreiteiras de Itabira.

Ela explicou que a Vale continua se esforçando para evitar novas demissões e não cancelou nenhum dos seus projetos.

"Como o presidente da empresa disse, pode variar o ritmo de implantação dos projetos, mas nada foi cancelado", afirmou a assessora.

A Vale planeja investir US$ 14,2 bilhões em mais de 30 projetos em 2009, sendo 70% desse total no Brasil.

(Com informações da Reuters)

Fonte.: UOL Economia