sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Banco do Brasil terá R$ 30 bi a mais para crédito em 2009

O Banco do Brasil vai acumular em 2009 volume de crédito ao consumidor de R$ 230 bilhões, contra R$ 200 bilhões empregados no ano passado, de acordo com o presidente da instituição, Antonio Francisco de Lima Neto.

Ele disse que o portfólio do BB vai ficar agora mais equilibrado com a compra de metade do Banco Votorantim, anunciada nesta sexta-feira no Ministério da Fazenda. Lima destacou que a operação será relevante para o fortalecimento do crédito ao consumidor, em que o Votorantim já é destaque em diversos pontos do país. Além disso, ele ressaltou que não vão acontecer demissões em consequência da compra de parte do banco paulista.

O presidente do Conselho de Administração do Grupo Votorantim, Wilson Masao, afirmou que o negócio com o Banco do Brasil tornará as duas instituições o primeiro lugar no crédito para financiamento de veículos, que hoje tem o Votorantim com 12% do mercado e o BB com 4%.

Ele lembrou que o banco Votorantim tem uma gestão em financiamentos com 18 mil revendas de veículos, 8,6 mil lojas de material de construção, manutenção de 2,3 mil convênios privados e 400 com o setor público. Além disso, o Votorantim tem atualmente 4,1 mil agências e 15 mil pontos de atendimento em 3,2 mil cidades, segundo o presidente do conselho.


Fonte:UOL, FOLHA ONLINE

Exportações do agronegócio fecham 2008 com recorde de US$71,9 bi

SÃO PAULO (Reuters) - As exportações do agronegócio do Brasil totalizaram recorde de 71,9 bilhões de dólares em 2008, alta de 23 por cento em relação ao ano anterior, informou o Ministério da Agricultura nesta sexta-feira.

De acordo com o ministério, o superávit da balança comercial do setor também registrou recorde, de 60 bilhões de dólares, e a participação do agronegócio nas exportações totais brasileiras foi de 36,3 por cento.

"O bom desempenho das exportações em 2008 foi resultado do aumento da receita com a venda dos principais produtos da balança comercial do agronegócio", disse o ministério em comunicado.

O complexo soja (óleo, farelo e grão) registrou crescimento de 58 por cento; o setor de carnes teve alta de 29 por cento; e o de café subiu 22 por cento. Já o setor sucroalcooleiro avançou 18 por cento.

O complexo soja continua na liderança das vendas, com 18 bilhões de dólares, e em segundo lugar permaneceram as carnes, com 14,5 bilhões.

O Ministério da Agricultura destacou o incremento de 80 por cento no valor das exportações de produtos lácteos, que saltou de 299 milhões de dólares em 2007 para 541 milhões no ano passado, beneficiadas pelo aumento dos preços no mercado internacional.

CHINA

A China saiu da terceira posição e passou a ocupar a primeira no ranking dos mercados compradores de produtos do agronegócio brasileiro devido ao forte crescimento das exportações a esse país (70 por cento), absorvendo 11 por cento dos embarques. Em segundo lugar estão os Países Baixos (9 por cento), seguidos dos Estados Unidos (8,7 por cento).

Segundo o ministério, as vendas externas apresentaram índices positivos de crescimento para todos os blocos econômicos de destino das exportações, com exceção do Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte).

Para a União Européia as exportações aumentaram 13,8 por cento; para o Mercosul, 21 por cento; Oriente Médio, 8,5 por cento; Europa Oriental, 28 por cento; e África, 27 por cento.

IMPORTAÇÕES

Em 2008 o Brasil importou em produtos do agronegócio 35,6 por cento a mais do que em 2007, ultrapassando pela primeira vez os 10 bilhões de dólares ao totalizar 11,8 bilhões.

O produto com maior valor importado foi o trigo, com 1,9 bilhão de dólares, valor 34,6 por cento acima de 2007. Essa alta deve-se ao preço elevado do trigo no mercado já que a quantidade importada foi 9 por cento menor.

(Por Camila Moreira)

Fonte.: UOL

AmBev e Itaú Unibanco entre as 20 ações preferidas pelo Citi no mundo em 2009

SÃO PAULO - AmBev (AMBV4) e a holding resultante da fusão entre Itaú (ITAU4) e Unibanco (UBBR11) estão entre os 20 companhias preferidos pela equipe do Citi em todo o mundo para investimento em ações durante o ano de 2009, que deverá ser marcado por um recessão global sincronizada.

De acordo com o analista Robert Buckland, o ano de 2009 será caracterizado pela "batalha entre fundamentos extremos e valuations baratas". Sem esperar por um vencedor neste embate, a expectativa é que a trajetória dos mercados durante o ano apresente grande volatilidade.

Todas as economias globais devem sofrer simultaneamente em 2009, com expectativa de tendências deflacionárias para os países desenvolvidos e redução abrupta do crescimento nos emergentes.

Oportunidade

"Acreditamos que as ações globais estão baratas em termos absolutos, e muito baratas contra ativos livres de risco", ressalta Buckland. Isto deverá proteger os índices acionários contra o fluxo negativo de notícias futuro.

Ainda assim, os setores defensivos mantêm-se na preferência dos analistas, o que explica em parte a opção pelas companhias brasileiras dos setores bancário e de bebidas.

Além de Itaú Unibanco e AmBev, a lista de preferências globais do Citi contém AstraZeneca, Bank Of America, Bharti Airtel, BHP Billiton, FirstEnergy Corp, Gazprom, Hutchison Whampoa, Intel, Merck AG, Mitsui OSK Lines, Nestle, Nike, Orascom Telecom, Seven & I Holdings, Sonic Healthcare, Vivendi, Vodafone e Zurich.

Fonte.: UOL Economia

Bovespa opera em baixa com alta do IPCA e compra do Votorantim pelo Banco do Brasil; dólar cai

O principal índice da Bovespa opera em baixa na manhã desta sexta-feira. Por volta das 11h, o Ibovespa caía 0,82%, aos 41.647,18 pontos (acompanhe gráfico do Ibovespa com atualização constante).

O dólar comercial operava em queda de 1,09%, cotado a R$2,277 (veja quadro com a cotação do dólar atualizada).

Na quinta-feira, a Bovespa fechou em alta de 2,87%, na máxima do dia.

O Banco do Brasil anunciou hoje a compra de 50% do capital social do Banco Votorantim. O negócio foi fechado em R$ 4,2 bilhões e faz o banco federal se aproximar à liderança do Itaú/Unibanco no ranking dos maiores bancos brasileiros.

Também nesta sexta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o resultado do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2008. A inflação medida pelo instituto fechou o ano com alta de 5,9%, o maior índice desde 2004.

Fonte.: UOL Economia

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Brasil se torna o 5º maior mercado consumidor de veículos em 2008

SÃO PAULO, 8 de janeiro (Reuters) - O Brasil ganhou três posições no ranking dos maiores mercados consumidores de automóveis do mundo e subiu um degrau entre os maiores produtores em 2008, apontam dados preliminares divulgados nesta quinta-feira pela associação de montadoras instaladas no país, Anfavea.

O Brasil encerrou 2008 como quinto maior mercado consumidor do mundo, ficando atrás de Estados Unidos, China, Japão e Alemanha, ultrapassando Grã-Bretanha, França e Itália.

No ranking de maiores fabricantes, o Brasil ficou em sexto lugar, superando a França e tendo a sua frente Japão, China, Estados Unidos, Alemanha e Coréia do Sul.

"Parte disso (ganho de posições) deve-se ao fato de que muitos importantes mercados caíram muito no fim do ano", disse Jackson Schneider, presidente da Anfavea, referindo-se ao impacto da crise financeira mundial na indústria.

Os dados são preliminares porque muitos países ainda não divulgaram números fechados do ano passado, informou. O cálculo da Anfavea foi feito com base em estimativas.

Nesta quinta-feira, a Anfavea divulgou que a indústria brasileira teve uma alta de 14,5% nas vendas de veículos novos, para 2,82 milhões de unidades. Enquanto isso, a produção cresceu 8%, para 3,214 milhões de veículos.

Apesar do desempenho, o país não passou ileso pela crise econômica mundial. Por conta da súbita queda na demanda a partir de outubro, a produção de veículos em dezembro despencou 54,1% em relação ao volume fabricado no mesmo mês de 2007.

As vendas no mês passado cresceram, mas somente depois de grandes promoções no setor e corte de impostos concedido pelo governo.

(Reportagem de Vanessa Stelzer.; Edição de Alberto Alerigi Jr.)

Fonte.: UOL Economia

Brasil está 'bem colocado' para enfrentar crise, diz "Financial Times"

O Brasil está mais bem colocado para enfrentar a crise do no passado, diz reportagem na edição desta quinta-feira do jornal britânico, "Financial Times".

Segundo "FT", há um ano o Brasil parecia a muitos investidores "como um modelo de descolamento (decoupling)", explicando que o sistema financeiro do país "tinha pouco contato com a crise do subprime dos Estados Unidos ou investimento bancário no mundo desenvolvido".

As exportações de commodities, particularmente minério de ferro, "pareciam fortes em uma era em que os preços disparavam", a importância do consumo doméstico se fez sentir e o crescimento "continuou sólido devido à concessão crescente mas conservadora de empréstimos e de grupos bem dirigidos em setores como varejo e telecomunicações".

Neste começo de 2009, muitos dos fatores positivos potencialmente permanecem, embora o descolamento tenha se desfeito, diz o jornal.

No que diz respeito a commodities, por exemplo, o jornal diz que o preço do minério de ferro "pode aumentar no longo prazo", impulsionado pela demanda por parte de vários países que estão investindo em infra-estrutura para estimular suas economias.

Mas é pouco provável que isso aconteça num futuro próximo. Apesar disso, a economia brasileira "continua muito melhor posicionada para enfrentar a crise do que estaria no passado, como explicou André Loes, economista-chefe do HSBC Brasil, no congresso da World Federation of Investors Corporations em São Paulo".

Segundo o jornal, Loes disse: "No começo da década de 90, nós tínhamos uma economia muito fechada. Nós tínhamos uma balança de pagamentos fraca e hiperinflação. O Estado tinha indústrias que não deveria ter."

"No final dos anos 1990 e meados de 2000s, nós estabelecemos um regime de metas de inflação. Nós aprovamos uma lei de responsabilidade fiscal. O Estado só pode aumentar os gastos se subir os impostos", acrescentou.

Bancos
O artigo destaca ainda que "por lei, os bancos brasileiros estão entre os mais capitalizados do mundo".

"Incerteza financeira catalisou fusões e especulação de aquisições no setor bancário brasileiro, que começou com a fusão do Banco Itaú e o Unibanco no final do ano passado."

O jornal conclui o artigo com uma nota positiva. "Como Roberto Teixeira da Costa, ex-presidente do órgão regulador do mercado financeiro brasileiro CVM, disse quando o (banco americano) Lehman Brothers faliu em setembro:

"Nós estamos passando por uma crise de confiança.'" '(...) Nós não temos idéia de quando a confiança vai voltar. O comércio mundial será afetado. Os investidores serão afetados. A percepção de risco muda em momentos como este. Mesmo assim, quando a poeira baixar, o Brasil estará em boa posição", diz.

Fonte.: UOL Economia

Vale diz que suspendeu férias coletivas por motivo de leis trabalhistas

A Vale suspendeu as férias coletivas programadas para os 450 funcionários da mina de Fábrica Nova, em Minas Gerais, por falta de tempo hábil para atender itens previstos na legislação trabalhista brasileira, segundo informou a companhia nesta quinta-feira.

A empresa havia afirmado à agência de informações Reuters, na manhã desta quinta-feira, que a suspensão das férias coletivas havia sido motivada por uma "mudança de cenário na demanda". Mais tarde, a companhia corrigiu a informação.

Segundo a assessoria da empresa, as férias coletivas foram adiadas por tempo indeterminado, reduzindo para 5.050 o número de empregados parados nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, de forma escalonada.

No final do ano passado, a Vale anunciou que colocaria 5.500 empregados em férias coletivas e que havia demitido 1.300 no mundo inteiro.

Nesta quinta-feira, sindicatos ligados à Vale e demais atividades econômicas afetadas pelas demissões feitas pela empresa em Minas Gerais realizam manifestação na cidade de Itabira, onde, segundo o coordenador da Coordenação Nacional de Lutas, uma das organizadoras, José Maria de Almeida, a Vale representa 80% da economia local.

"A Vale não tem motivo para demitir, o próprio Roger (Agnelli, presidente da empresa) enche a boca para falar que tem US$ 15 bilhões em caixa, por que o trabalhador é que tem que pagar?", protestou.

Depois de manifestações pela manhã, que reuniram cerca de 200 pessoas em frente à mina da Conceição, Almeida disse esperar reunir entre 3.000 e 4.000 pessoas nas manifestações da tarde, que vão incluir sindicatos ligados a outras atividades, como empreiteiras.

"Em Itabira a Vale demitiu 76 empregados, mas as empreiteiras que servem a ela demitiram mil empregados, temos que fazer alguma coisa", explicou o sindicalista, que pretende se reunir com a empresa na próxima semana.

Ele disse que a Vale prometeu uma reunião na próxima semana para apresentar uma proposta aos sindicatos. As reivindicações dos trabalhadores são retorno dos demitidos, manutenção dos salários e dos empregos.

A Vale informou que vem se reunindo regularmente com os sindicatos. A assessoria da empresa disse que o número de demissões em Itabira foi de 62, e não de 76 pessoas como informou o sindicalista, e destacou que mesmo com as demissões o número de empregados da companhia na cidade passou de 2.823 em janeiro de 2008 para 3.125 em dezembro de 2008.

"Aumentamos em 279 o número de empregados, não podemos ser responsabilizados pelo ajuste de outras empresas", disse uma assessora à agência Reuters pelo telefone referindo-se às demissões das empreiteiras de Itabira.

Ela explicou que a Vale continua se esforçando para evitar novas demissões e não cancelou nenhum dos seus projetos.

"Como o presidente da empresa disse, pode variar o ritmo de implantação dos projetos, mas nada foi cancelado", afirmou a assessora.

A Vale planeja investir US$ 14,2 bilhões em mais de 30 projetos em 2009, sendo 70% desse total no Brasil.

(Com informações da Reuters)

Fonte.: UOL Economia

Obama promete às famílias redução de impostos no valor de US$ 1.000

O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu nesta quinta-feira uma redução de impostos de US$ 1.000 para 95% das famílias americanas, como parte de seu plano de recuperação econômica.

"Para que as pessoas gastem novamente, 95% das famílias de trabalhadores vão receber US$ 1.000 dólares em redução de impostos -a primeira fase de redução dos impostos para a classe média que eu prometi durante a campanha e que agora estará incluída em nosso próximo orçamento", disse ele durante discurso na Universidade George Mason, na Virgínia.

Obama afirmou que se "medidas drásticas" não forem tomadas, a recessão vivida pelo país "pode durar anos" e causar uma série de desdobramentos negativos, como perda de receita em torno de US$ 1 trilhão e taxa de desemprego superior a 10%.

Para reverter este quadro, Obama tenta aprovar junto aos congressistas norte-americanos um plano de recuperação econômica avaliado em US$ 775 bilhões.

"É um plano que reconhece o paradoxo e a promessa deste momento, que há milhões de americanos precisando de trabalho ao mesmo tempo em que há muito trabalho por fazer", declarou Obama.

O futuro presidente dos EUA disse, ainda, que vai dobrar a produção de energia alternativa nos próximos três anos e melhorar a eficiência energética em dois milhões de lares. Ele tomará posse em 20 de janeiro.

"Vamos modernizar mais de 75% dos edifícios federais, e melhorar a eficiência energética de dois milhões de casas americanas, poupando os consumidores e contribuintes de bilhões de dólares em despesas energéticas", acrescentou.

Segundo o presidente eleito, "não há dúvida de que o custo deste plano será considerável" e "é claro que aumentará o déficit fiscal no curto prazo", mas que "as conseqüências de não se fazer nada seriam ainda piores".

"Embora no longo prazo não se possa depender do Executivo para a criação de emprego ou para o crescimento econômico, somente o Governo pode fornecer o impulso necessário no curto prazo para nos tirar de uma recessão profunda e grave", sustentou.

"Só o Governo pode romper os ciclos viciosos que vêm devastando nossa economia, onde uma falta de despesa leva à perda de empregos, que, por sua vez, leva a uma redução ainda maior da despesa; onde a incapacidade de prestar e receber crédito freia o crescimento e conduz a uma redução ainda maior do crédito", afirmou.

Após ressaltar que o Governo atual já gastou grande quantidade de dinheiro sem que isso tenha gerado resultados, Obama afirmou que seu plano "investirá no que funciona" e não desperdiçará os fundos.

"Devemos manter um debate aberto e honesto sobre este plano nos próximos dias, mas peço ao Congresso que se mova o mais rápido possível em benefício dos americanos", disse.

(Com informações de AFP e EFE)

Fonte.: UOL Economia

Vendas da Wal-Mart decepcionam e rede corta estimativa de lucro

SÃO PAULO - A Wal-Mart maior rede varejista do mundo, diminuiu sua estimativa de lucro em operações continuadas no quarto trimestre de 2008. Agora, a empresa projeta ganho na faixa entre US$ 0,91 e US$ 0,94, contra uma expectativa inicial de US$ 1,03 a US$ 1,07. A desaceleração das vendas foi a causa dessa revisão.

A receita nas lojas dos Estados Unidos em funcionamento há pelo menos um ano cresceu 1,7% em dezembro (sem considerar combustíveis), abaixo das previsões de analistas, que esperavam alta de 2,8% nesse critério. Em todo o mundo, porém, as vendas totais diminuíram 0,1%, para US$ 46,509 bilhões.

"Devido às dificuldades econômicas e ao inverno severo em algumas regiões, a época de feriados de fim de ano foi mais desafiadora do que o esperado para os varejistas", comentou o vice-presidente da unidade americana, Eduardo Castro-Wright.

De acordo com comunicado da empresa, na unidade atacadista Sam´s Club e na Wal-Mart International as vendas ficaram abaixo das expectativas, também por causa da crise econômica.

(Valor Online)

Tesouro americano já usou quase metade dos US$ 700 bi de plano de resgate

Washington, 8 jan (EFE).- O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos informou hoje que usou quase US$ 267 bilhões do fundo de resgate financeiro de US$ 700 bilhões autorizado pelo Congresso no ano passado.

Desse total, destinou US$ 177,54 bilhões a compras de ações de 215 instituições financeiras.

Além disso, prometeu US$ 19,4 milhões em empréstimos às gigantes automobilísticas General Motors (GM) e Chrysler.

Os desembolsos são completados com ajudas no valor de US$ 45 bilhões ao banco Citigroup e outros programas para estabilizar o setor financeiro.

No total, o Tesouro gastou US$ 65,4 bilhões desde seu relatório anterior, emitido em 2 de dezembro.

O Governo é obrigado a detalhar periodicamente ao Congresso o uso do dinheiro do fundo de resgate financeiro.

Os congressistas liberaram US$ 350 bilhões à Administração, e, para ter acesso aos outros US$ 350 bilhões, o Governo deverá pedir novamente a autorização dos parlamentares, que revisarão, então, a eficácia dos programas.

Na quarta-feira, o secretário do Tesouro, Henry Paulson, disse que deixou a decisão sobre se solicita ou não a outra metade dos fundos ao presidente eleito, Barack Obama.

Em todo caso, em sua declaração, o Tesouro disse crer que o resto dos fundos será necessário para ajudar a estabilidade do sistema financeiro.

Apesar de, até agora, terem sido desembolsados US$ 266,9 bilhões, o Governo, na realidade, já comprometeu integralmente os US$ 350 bilhões, cuja liberação depende agora da finalização dos trâmites necessários, segundo o relatório.

O Tesouro ressaltou que o uso dos fundos "está funcionando", pois evitou falências bancárias e estabilizou o sistema financeiro.

O departamento admitiu que, apesar das injeções de capital, os bancos seguem "cautelosos" na hora de ampliar o crédito, enquanto as empresas e os consumidores também pensam duas vezes antes de contrair dívidas.

No documento, também justificou suas ajudas à Chrysler, General Motors e GMAC, a financeira da GM, as quais, em sua opinião, evitaram "um transtorno significativo da economia".

A falência das duas companhias automobilísticas teria afundado o setor inteiro e prejudicado os bancos que possuem seus bônus.

Do mesmo modo, a perda de confiança no Citigroup, um banco com 200 milhões de clientes no mundo, teria sido um golpe para todo o setor financeiro, o que tornou necessária a intervenção pública, afirmou o Tesouro.

Fonte.: UOL Economia

Dólar sobe 2,72% e fecha em R$ 2,302; na semana, queda é de 1,33%

O dólar comercial fechou em alta pelo segundo dia consecutivo amparado pela queda das Bolsas no mundo. A cotação da moeda subiu 2,72%, a R$ 2,302 na venda .

Apesar da valorização, o dólar ainda tem queda acumulada de 1,33% na semana.

Os investidores mantiveram a cautela nesta quinta-feira por causa de uma série de indicadores preocupantes que foram divulgados durante o dia.

Fonte.: UOL Economia

Bovespa sobe 2,87% e fecha na máxima do dia, apesar de instabilidade externa

Da Redação
Em São Paulo

Nos últimos minutos de um pregão instável, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) passou a subir com firmeza e fechou na máxima do dia, aos 41.990,55 pontos, alta de 2,87%. O dólar comercial subiu 2,72% e encerrou em R$ 2,302. A valorização da Bolsa foi puxada pelos papéis da Petrobras e da Vale. A estatal do petróleo avançou 4,3%, e a Vale, 3,3%, segundo dados preliminares. Investidores buscavam papéis baratos após a forte queda de 3,5% ontem. Na semana, a alta acumulada da Bolsa é de 4,3%.

CSN reabre programa de recompra de açõesAções brasileiras estão entre sugestões mundiais do CitiBanco UBS recomenda comprar ações da ValeOperadores apontaram, ainda, que a compra de ações por parte de investidores estrangeiros fez a diferença para a alta da Bovespa nesta quinta-feira.

As Bolsas de Valores na Ásia e na Europa, ao contrário, encerraram o dia em queda.

Um conjunto de dados negativos vindos da Europa, além de números frustrantes de vendas do comércio nos Estados Unidos, provocou instabilidade nas Bolsas internacionais.

Investidores absorviam, ainda, as declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre medidas de estímulo à economia que pretende tomar. Ele disse que vai fazer um corte de impostos no valor de US$ 1.000 para 95% das famílias americanas, como uma forma de incentivar o consumo.

Nos Estados Unidos, o Wal-Mart, maior varejista do mundo, divulgou vendas fracas em dezembro e cortou sua previsão de lucro trimestral, enquanto muitas outras redes de comércio também advertiram que seus lucros podem ser piores que o esperado no quarto trimestre, que inclui a temporada-chave de compras de fim de ano.

Na Europa, o Banco da Inglaterra cortou a taxa de juros do país para 1,5% ao ano, o patamar mais baixo em mais de 300 anos.

Por conta do agravamento da crise, a confiança dos empresários e consumidores na zona do euro caiu oito pontos em dezembro o menor nível desde a sua criação, em 1985.

E a Alemanha registrou forte queda no superávit comercial em novembro. O indicador alcançou 9,7 bilhões de euros, segundo uma cifra provisória, depois de ter 16,2 bilhões de euros em outubro.

(Com informações de AFP, Efe, Reuters e Valor Online)

Fonte.: UOL Economia

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Nova tabela do imposto de renda

A Receita Federal publicou, na terça-feira, no Diário Oficial a nova tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) com o valor do imposto que deve ser descontado na fonte dos salários e outros rendimentos a partir de 1º de janeiro.

A tabela teve correção de 4,5% e traz as novas faixas de alíquotas de 7,5% e 22,5%, que se somarão às já existentes, de 15% e 27,5%. O limite de isenção do IR vai subir de R$ 1.372,81 para R$ 1.434,59.

A alíquota de 7,5% vai valer para quem recebe de R$ 1.434,60 até R$ 2.150,00. Para esses contribuintes, a parcela a deduzir do IR será de R$ 107,59. Quem estiver nessa faixa de renda e quiser saber quanto imposto terá retido precisa apenas aplicar a alíquota sobre o rendimento e subtrair do resultado a parcela a deduzir.

Porém, da base de cálculo podem ser deduzidas as contribuições para a previdência social da União, Estados e Municípios, contribuições para previdência privada e R$ 144,20 por dependente. Também pode ser deduzido o valor da pensão alimentícia paga em cumprimento de decisão judicial.

A alíquota de 15% incidirá para os contribuintes com rendimentos entre R$ 2.150,01 até R$ 2.866,70. Nessa faixa, a parcela a deduzir do imposto será de R$ 268,84. Para quem ganha até R$ 2.866,71 até R$ 3.582,00, a alíquota será de 22,5%, com dedução de R$ 483,84. Quem ganha acima de R$ 3.582,00 estará sujeito à alíquota de 27,5%. O imposto a deduzir nessa faixa será de R$ 662,94.

Fonte.: Agência Estado

Construção

BRASÍLIA - A facilitação do crédito para pessoas de baixa renda comprarem material de construção é um dos temas que serão discutidos nesta quarta-feira em ampla reunião do ministro da Fazenda, Guido Mantega, com representantes do setor privado. O presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Claudio Elias Conz, vai defender uma medida que, na sua opinião, reduz o risco dos bancos nos financiamentos para a compra de produtos do setor.

A idéia é simplificar e desburocratizar essas operações, fazendo com que a loja participe como garantidora de parte do crédito. O papel dos bancos públicos federais, principalmente a Caixa Econômica Federal, é fundamental.

O governo quer ouvir dos empresários sugestões para enfrentar a crise econômica e também sentir o ânimo dos empreendedores para 2009. Um pacote de estímulo à construção civil está sendo preparado e deve ser anunciado ainda neste mês pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No âmbito dessas medidas, espera-se um ataque ao déficit habitacional, a ampliação das concessões de rodovias, um novo grupo de obras em estradas, portos e ferrovias, o trem bala Rio-São Paulo e um conjunto de mobilidade urbana (transportes) para as 12 cidades que vão receber jogos da Copa de 2014.

Lula vem prometendo que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) está preservado no esforço fiscal do governo federal para encarar a crise. Nesse cenário, o presidente da Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústrias de Base, Paulo Godoy, alerta para o fato de que essa promessa depende de financiamento de longo prazo, reforço do caixa do BNDES e ampliação do apoio do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para os projetos de infra-estrutura. Nesse aspecto, já foram dados todos os sinais para que os trabalhadores que têm conta no fundo possam investir até 10% nesses projetos. Estima-se que serão agregados R$ 8 bilhões aos R$ 15 bilhões já vinculados.

Na avaliação do presidente da Anamaco, a expectativa com a reunião é muito positiva, porque foi uma iniciativa do governo. Será outra oportunidade para ele reafirmar que é preciso simplificar e desburocratizar o acesso às linhas de crédito oficiais, principalmente com recursos do FGTS e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Conz lamentou o fracasso da linha de R$ 1 bilhão, anunciada em dezembro, para compra de material de construção. Ele diz que o objetivo de financiar quem ganha até R$ 1,8 mil foi bloqueado pela burocracia e pelas exigências de garantia para os bancos. " O comércio de material de construção tem inadimplência muito baixa e poderia dividir o risco nessas operações. O varejo representa 77% do PIB da construção civil. " A Anamaco também defende a inclusão do material de construção na lista dos bens que podem ser financiados com os recursos relativos a 2% dos depósitos à vista. Nessa linha, os beneficiados são pessoas com renda mensal até cinco mínimos.

Apesar da crise, Conz informa que, em novembro, os resultados do varejo de material de construção foram melhores que os de outubro e os dias úteis de dezembro tiveram vendas " importantes " . Segundo ele, o setor fechará 2008 com crescimento até 10%, e a perspectiva para 2009 é de algo próximo dos 8,5%.

Na área da infra-estrutura, o presidente da Abdib, quer saber do governo qual será o papel da Petrobras nas prioridades dos investimentos públicos em obras para que o efeito anticíclico seja cumprido. Ele argumenta que, para o PAC não parar, é preciso uma blitz no licenciamento ambiental das hidrelétricas, o que exige conscientização e responsabilidade de vários atores do poder público e não apenas do governo federal.

O conjunto de medidas conhecido como Habitação de Interesse Social (HIS) está entusiasmando os empresários da construção civil. A idéia do governo é financiar, em 2009, 900 mil residências, o que significa aumento de 50% sobre esse segmento do crédito em 2008. Considerando recursos da Caixa Econômica Federal e bancos privados, o volume emprestado em 2008 foi de cerca de R$ 30 bilhões.

Fonte.: Valor Online

Economia dos EUA vai encolher ainda mais em 2009, diz Fed

A ata da última reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos), divulgada nesta terça-feira, prevê que a economia dos Estados Unidos deve se contrair mais que o previsto em 2009 e apresentar uma "recuperação moderada" em 2010. Segundo o documento, a economia dos Estados Unidos deve "encolher mais rapidamente" no primeiro semestre de 2009 do que se pensava anteriormente.

A equipe do Fed afirma que "revisou para baixo" as perspectivas para a atividade econômica em 2009, mas que "continua projetando uma recuperação moderada para 2010".
O documento ainda afirma que o mercado imobiliário dos EUA, onde a crise começou, "deve se contrair ainda mais".
"O PIB real deve se contrair muito mais na primeira metade de 2009 do que foi anteriormente previsto. Isto antes de começar a recuperar lentamente no restante do ano", diz a ata.

Juros baixos

Na última reunião do comitê de política monetária, no dia 16 de dezembro, o Fed cortou as taxas de juros dos EUA de 1% ao ano para entre zero e 0,25%, o mais baixo patamar já registrado desde que os dados sobre a taxa começaram a ser compilados, em 1954.
A ata da reunião indica que o Fed espera que as taxas de juros continuem "excepcionalmente baixas" por algum tempo.
O comitê de política monetária ainda afirma que a queda nas taxas de juros já chegou ao seu limite e que o Fed "terá que se focar em outras ferramentas para trazer estímulo monetário adicional à economia".

Leia mais sobre: recessão americana

Fonte.: BBC Brasil

terça-feira, 6 de janeiro de 2009